"Tranquilo, sem problema!!!", me escreve por mensagem de texto quando lhe aviso que estou a caminho, atrasada pelo trânsito. E ao chegar ao bar no qual fazemos a entrevista, a encontro sentada em uma mesa, muito relaxada, com óculos pretos, olhando seu celular, talvez verificando o que lhe escrevem alguns de seus mais de 600.000 seguidores no Twitter. Apenas me vê, levanta os braços e exclama: "Que bom que você chegou, sente-se!".
Ponto a favor: não lhe incomoda que a façam esperar, ainda quando conheceu a fama desde os 11, ao converter-se em uma ídola adolescente por suas atuações em Rincón de Luz, em Casi Angeles e com a banda Teen Angels.
"Tomei meu crescimento nos meios de uma forma muito natural. Nem sequer lembro do dia em que minha vida mudou pela fama, ou o primeiro autógrafo que deu. De fato, o momento que mais me impactou em minha carreira foi quando vi pela primeira vez Cris Morena, a quem admirava desde pequena", conta.
Agora, com 21, abandonou este lado teen para mostrar-se mais sexy em diferentes trabalhos e produções de fotos, como a de Cosmo.
"Passei a barreira dos 20 e gosto de explorar outras faces de minha personalidade. Se faço fotos sensuais é porque me diverte. Além disso, meu redor está acostumado a me ver como a garota de bairro, super simples, e gosto de surpreendê-los com coisas ousadas", disse ao recordar sua infância em Parque Patricios, e acrescenta:
"Minha família é a responsável que eu não tenha ficado volúvel com a fama. Meu pai é professor de futebol, minha mãe tem uma empresa de bufê, meu irmão, de 22, é jogador de futebol e minha irmã, de 25, trabalha em um escritório. Tenho claro que minha vida mudou com a atuação, mas eu continuo igual. E não existo se não volto duas vezes por semana ao bairro para comer churrascos e tomar mates com minha família".
Após atuar em Cuando me sonreís e fazer Las brujas de Salem no teatro, neste mês se prepara para debutar nas grandes ligas de Pol-ka com a novela Solamente Vos (El Trece), junto a Adrián Suar e Natalia Oreiro.
"Eles têm a humildade dos grandes. Adrián é muito divertido e fica fazendo piadas. Natalia faz malabares para gravar com seu bebê de 11 meses. É uma super mamãe, simples e generosa", disse.
No programa, Lali volta a compartilhar o set com Eugenia "La China" Suárez, com quem sempre houve rumores de que havia rivalidades e ciúmes. É verdade?
"Na verdade, nunca houve uma má relação entre nós. Depois de Casi Angeles, deixamos de nos ver porque cada uma tinha seus próprios projetos. Mais além do fato de terem nos colocado em janelas opostas, a quero muito bem", disse.
Sobre a gravidez de Eugenia com Nicolás Cabré disse pouco e nada, salvo que lhe parece perfeito ser mãe tão jovem.
"Os tempos mudaram. Tem que se libertar da crença de que a mulher tem que esperar até determinada idade para ficar grávida. Eu sou muito aberta em meus pensamentos e não tenho tabus. Com minha mãe falo de sexualidade e de namorados, sem pudores. E minha irmã é minha primeira confidente, aquela a quem lhe contei desde o primeiro beijo até minha atual história de amor", revela ao referir-se ao ator Benjamín Amadeo, com quem sai desde há dois anos e meio, após seu romance com Peter Lanzani.
De homens, de amor, de suas expectativas para este ano e muito mais, nos conta nesta entrevista.
Teus dois namoros mais importantes foram com atores. É inevitável se apaixonar nos sets de gravação?
Não acho que seja inevitável. Pessoalmente, sai com caras que não eram do meio, mas me gerava insegurança pensar: "Me ama de verdade? Ele gosta de mim ou do personagem da TV?". E até que não os conhecia bem, isso fazia eu me sentir incomodada, então a relação não durava. Nem todo mundo considera esta profissão como mais uma, então você acaba não relaxando. Sempre me senti mais compreendida por colegas, porque compartilhamos os mesmos códigos.
E em que você se sente diferente de qualquer menina de vinte e pouco?
Em que aos 19 fui viver sozinha. A atuação não só me deu independência econômica, como também me permitiu ajudar minha família, algo que não é usual em alguém jovem. Embora meus irmãos sejam mais velhos, o fato de aportar minha família me tirou um pouco desse papel de ser "a menor". Mesmo assim, não me mudou por não aguentá-los, senão por conforto. Ao viver em Parque Patricios, tinha que dirigir mais de uma hora para chegar para gravar em Martínez, e terminava esgotada. Me independizar me ajudou a me conhecer melhor, desde meu lado bom até minhas misérias. Isso sim, sinto falta de chegar e que minha mãe me espere com uma rica merenda. Agora, fico descongelando alimentos. Por sorte, Benjamín é um grande cozinheiro e quando vem em casa, cozinha pra mim pratos incríveis com o pouco que tenho na geladeira. Somos muito sibaritas e desfrutamos da boa comida. Nosso melhor plano é ir em restaurantes para provar novos pratos. Parte de mim geralmente inverte em saída gastronômicas. Como você vê, não tenho problemas alimentares.
Você sofreu complexos com sua imagem ao crescer em um meio com tanta exposição, como a televisão?
Sim, mas não foi algo traumático. De repente, aos 16, meu corpo mudou e pensei: "Epa, e esta bunda de onde saiu?". Para completar, a televisão engorda 4 quilos ("esclarece isso na entrevista, te peço", disse bricando). Por isso, quando as pessoas me veem na rua, o primeiro que me dizem é: "Que magrinha que você é". Por sorte, o tema da imagem nunca me afetou a ponto de fazer dietas bizarras ou de deixar de comer. E me deixa mal a preocupação excessiva que há na sociedade para conseguir um corpo perfeito. Vejo que muitas meninas de 15 estão pendentes de seu peso e me parece uma loucura. Nessa idade, eu me preocupava se o garoto que eu gostava me dava bola, não se tinha uns quilos a mais. Tem que ter os pés sobre a terra para que essas coisas não te afetem. Pessoalmente, me ajudou focalizar minha energia na atuação, não em ser modelo de alta costura. Tenho claro que mido 1,50 e nunca tentei alcançar ideais impossíveis. De fato, minha baixa estatura jamais me traumatizou. Sempre substitui a falta de centímetros com muita atitude (risos). E claramente com saltos, algo que abunda no meu guarda-roupa.
Quando você se sente sexy?
Quando danço. A música me deixa potente. Sozinha de frente ao espelho, na discoteca ou em cima do palco, quando movo as cadeiras me esqueço de tudo e me desinibo mais que nunca. Em meu tempo livre faço seminários de ritmos. Faço pouco, fui a um de hip hop que ditou o coreógrafo de Beyoncé e estive genial. Além disso, devo te confessar, algum namoradinho me disse que quando danço sou muito sexy.
Você conquistou Benjamín na pista?
Não. Nós dois somos fanáticos por música e nos diverte ir a shows, mas nossa história se deu naturalmente, enquanto trabalhávamos em Casi Angeles. Por sorte, não tive que remar (lutar) para seduzi-lo: o atrai com meu sentido de humor. Em meu grupo, sou a que faz as piadas mais ácidas. Talvez faço as piadas que todos pensam mas que ninguém diz, e frente a isso há duas possibilidades: ou te cai muito malo que disse e me olham péssimo, ou larga uma gargalhada. Benjamín se identificava muitíssimo com meu humor e eu com o seu, que é muito inteligente. Então, ríamos das mesmas coisas, até que um dia fizemos um clique e começamos a nos olhar com outros olhos.
Seu namorado com Peter Lanzani repercutiu muito forte no público. Benjamín teve que lidar com o fantasma do ex?
Ele tem um perfil bastante baixo e à princípio lhe custava sair comigo, porque embora não sou a Nannis, as pessoas se aproximavam e me perguntavam por Peter, ou nos meios falavam de mim como "a ex de Peter". Para Benja era meio chocante. Mas além disso, não sofreu de ciúmes porque não amigos. Além disso, entre nós, não geramos situações que possam incomodar ao outro. Apaixonada, eu sou independente e, se me vejo sendo muito possessiva, volto rápido ao meu eixo. Nestes anos de relação jamais tivemos curtos-circuitos.
Que desejos tem para este ano?
Profissionalmente, espero que a novela vá bem. Há muito esforço posto no programa. Me diverte interpretar a filha mimada de Adrián (Suar), e ter uma relação de amor e brigas com minha irmã mais velha, que seria Euge Suárez. Além disso, quero que seja um ano de crescimento pessoal.
Gostaria de ser mãe jovem como a China Suárez?
Sim. Não é algo que estou buscando agora, porque estou desfrutando de minha carreira e de meu namoro, mas não teria conflito em ser mãe aos 21. Talvez não me divirta o tema do casamento e da igreja. Mas tenho raízes italianas e fantasio com a imagem da família numerosa reunida para almoçar em uma mesa longa. É a maneira na qual me criei, e em alguns anos desejo repetir esse modelo, porque sou feliz quando estou com os meus.
Fonte: Teen Angels Amores
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